Amigos(as)gostaria de lembrar aquele momento bastante
interessante em que os artistas locais,
manifestaram-se em frente ao Teatro Santa Isabel.
Após aquela manifestação um encontro foi realizado
no Teatro Armazém, para discutir a política cultural.
Na ocasião distribuí o seguinte texto
que compartilho agora com vcs.
Quero convidá-los a seguir nosso blog,
a comentar e contribuir da melhor forma posível.
"Pernambuco vive hoje um bom momento econômico.
Novos empreendimentos que se instalam no estado,
como o Estaleiro Atlântico Sul,
A Refinaria, o ramal da transnordestina , as obras para a Copa e outros,
tem impulsionado o desenvolvimento do estado,
e melhorado a arrecadação de impostos.
Não deve passar desapercebido para quem trabalha na área cultural,
que a maioria destes empreendimentos, são estruturadores
e contam com recursos tanto públicos, quanto privados.
Ao mesmo tempo,
o estado continua conhecido pela sua pujante criação artística e cultural,
sendo esta o mote de muitas campanhas publicitárias
realizadas por diversos governos.
Recife, por exemplo, adotou para si o adjetivo de multicultural.
O que tudo isto tem a ver com política cultural?
Parece -me que esta é a hora,
de discutir a estruturação de uma economia cultural forte
em Pernambuco e em Recife,
economia que possibilite melhor distribuição de renda,
melhoria na qualidade de vida dos agentes culturais,
ganhos de escala e distribuição do produto cultural
proporcionando maior e melhor acesso a população.
As discussões circunstanciais
não devem nos fazer esquecer da importancia da discussão sobre estruturas ,
que nunca é realizada aqui.
Proponho então alguns pontos para nossa apreciação .
-Construção de novos teatros,
cine-teatros ou tendas culturais nos bairros.
No mínimo um espaço cultural para cada cem mil habitantes.
-Criação de uma rede de teatros
e/ou espaços culturais integrados.
-Aquisição de equipamentos de som e luz
para todos os espaços culturais, administrados pela prefeitura.
Reforma e manutenção periódica dos mesmos.
-Treinamento e qualificação de pessoal,
técnico, administrativo e de segurança.
-Adequação dos horários de funcionamento dos espaços culturais,
às demandas dos artistas e do público.
-Criação de espaços de formação nos moldes da escola João Pernambuco.
-Investimento público na divulgação dos espaços culturais,
levando a população conhecimento sobre os mesmos,
seu funcionamento e programação.
-Clareza na administração dos espaços culturais,
com suficiente esclarecimento sobre critérios de ocupação
para apresentações e ensaios.
-Abrir salas que estejam ociosas, nestes espaços,
para ensaios , conferências, debates, oficinas.
-Formalizar parcerias com empresas privadas para “adoção” destes espaços.
-Criação do Fundo Municipal de Cultura.
-Equiparação dos valores para os festivais de teatro,
dança, circo e teatro de rua.
-Transformar o fomento as artes cênicas em política pública de estado,
buscando ampliar e garantir o orçamento para o mesmo.
-Informatização de todo o sistema de fomento e patrocínio,
adotando modelos já existentes
e abandonando as inúmeras cópias em papel, para avaliação de projetos.
-Abertura do Santa Isabel ao teatro para a infância e juventude.
eliasmouret
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