Google-Translate-ChineseGoogle-Translate-Portuguese to FrenchGoogle-Translate-Portuguese to GermanGoogle-Translate-Portuguese to ItalianGoogle-Translate-Portuguese to JapaneseGoogle-Translate-Portuguese to EnglishGoogle-Translate-Portuguese to RussianGoogle-Translate-Portuguese to Spanish

sexta-feira, maio 21

Caminhando e Cantando!

Depois da manifestação em frente ao Santa Isabel,
nos encontramos nesta quinta (20) no teatro Armazém
para discutir propostas, analisar como faremos as coisas,
debater, discordar...
Um choque inevitável aconteceu,
e dá minha parte acredito que foi muito bom.
A presença ou não das instituições, na comissão,
foi duramente questionada por alguns...
eu entre eles.
Depois de muito bate boca, votamos e perdemos.
As instituições podem, se quiserem, participar da comissão.
Algumas pessoas ficaram chocadas achando que
isto expõe divisões entre os artistas...
bem, sejam bem vindos à política.
Quem acha que não há divisões, mesmo nos aparentes consensos
pode convidar João Paulo e João da Costa para um jantar.
Os partidos e o PT entre eles, são compostos de uma
miríade de tendências que brigam entre si por poder.
Isto sem falar nas coligações.
Ciro Gomes, por exemplo, foi obrigado a desistir
da candidatura para presidente.
O partido dele (PSB) resolveu apoiar Dilma.
Maturidade não é ser amiguinho de todos,
democracia não é concordar sempre e buscar
consenso a todo custo.
Aqueles que discordam, não são necessariamente
destemperados e sem paz no coração.
Eles não buscam primordialmente rachar o movimento.
Os que apontam as divergências entre os artistas
como prova de nossa desunião,
na verdade são uns "expertos"
que não aceitam as divergências próprias da democracia.
Os partidos a quem eles servem,
não são um monolito de unidade e paz.
Nós não devemos abdicar de uma discordância honesta,
em prol de um consenso qualquer.
Os santos, os anjos, faltaram a reunião...
Todos temos interesses, individuais e coletivos.
Vamos ver como eles se harmonizam, ou não,
para beneficiar a classe artística.
A vida é cheia de embates.
Quero desde já abrir a reflexão
sobre as lideranças espontâneas,
sobre a necessidade ou não de institucionalizar o movimento.
Sobre o sequestro da história.
Penso que o movimento deve continuar espontâneo,
sem cnpj, sem dirigente formal, sem estatuto...
artistas lutando por artistas.
Se hoje Zé está na vanguarda, amanhã pode ser Manoel.
É um erro pensar que só há representatividade
se o movimento for acolhido por instituições.
Todo cidadão tem direito a recorrer ao gestor público...
o que faz a demanda ser atendida ou não,
não é a quantidade de pessoas envolvidas,
-embora isto ajude ás vezes a causa-
é a qualidade da demanda, a justiça que há na mesma,
a apresentação coerente.
Todo movimento nasce e morre.
Aceitar que as coisas tem um tempo,
não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria.
Vamos caminhando e quem quiser
traga o seu canto. Eu me reservo o direito
de achar a música feia. Vc não precisa parar de cantar...
Samuca, não esta só!

eliasmouret

Um comentário:

Luiz Felipe Botelho disse...

Abençoada, implacável e contagiosa seja a sua sensatez, Elias. Samuca não está só!